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mecanismo de Acção do rituximab

Rituximab, o anticorpo monoclonal quimérico anti-CD20 humanizado, representa uma ferramenta poderosa para o tratamento de doenças malignas das células B e está licenciado para o tratamento do linfoma não-Hodgkin folicular ou recidivante de baixo grau (LNH). Tem um modo de ação único e pode induzir a morte de células CD20 + através de múltiplos mecanismos. Os efeitos directos do rituximab incluem a citotoxicidade mediada pelo complemento e a citotoxicidade mediada pelas células dependentes de anticorpos, e os efeitos indirectos incluem alterações estruturais, apoptose e sensibilização das células cancerígenas à quimioterapia. Estudos in vitro contribuíram significativamente para a compreensão destes mecanismos de ação e levaram ao desenvolvimento de estratégias de tratamento inovadoras e eficazes para otimizar a resposta do paciente. A mais significativa destas estratégias é a combinação de rituximab e quimioterapia CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona), que está a provar uma combinação altamente eficaz no tratamento da LNH. No entanto, todos os doentes não respondem tão bem ao rituximab e os estudos in vitro identificaram um possível mecanismo de resistência envolvendo os inibidores anti-complemento CD55 e CD59. A neutralização dos anticorpos ao CD55 e ao CD59 pode ultrapassar a resistência à citotoxicidade mediada pelo complemento mediada pelo rituximab in vitro. Este artigo analisa a nossa compreensão dos mecanismos de Acção do rituximab e identifica como este conhecimento pode ser aplicado num contexto clínico para maximizar a resposta em doentes sensíveis e resistentes.